Capoeira – Segundo alguns pesquisadores inicia-se no século XVI época do Brasil colônia, pelos negros que aqui chegaram na condição de escravos para trabalhar nas lavouras de cana de açúcar no nordeste do país. Na lavoura surge a necessidade de desenvolver maneiras corporal de se defender dos castigos e constantes violências sofrida pelos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos e capturados de forma extremamente violenta. Com a proibição de qualquer tipo de luta, os negros utilizavam o ritmo e os movimentos de suas danças oriundas de suas terras de origens, onde imitavam movimentos de animais tipo: coices, cabeçadas, joelhadas e etc. Surgia assim à capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. É considerada um dos instrumentos mais importantes na luta contra a escravidão, é também ato de resistência cultural, político, luta e física dos negros escravos. Eram praticadas em cima das capoeiras (mato roçado para o plantio) próximos ou dentro das senzalas, servia também para aliviar o banzo (Depressão muito sofrido pelos escravos, chegavam até a se suicidar para evitar sofrimento nas mãos dos senhores de engenho) além da manutenção da saúde física e mental. Hoje a capoeira é a maior divulgadora da língua portuguesa no mundo foi reconhecida como patrimônio cultural imaterial pela IPHAN em 2008 e reconhecida 2014 como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela UNESCO.

Maculelê – Dança da cultura afro popular brasileira oriunda do nordeste do país, mais precisamente do recôncavo baiano na cidade de Santo Amaro da purificação tem suas raízes africana e influência indígena, antigamente era uma luta marcial armada (dois bastões) muito utilizado na época em que a economia do país era gerada na colheita da cana de açúcar é tido como uma dança de luta onde os participantes atacam e defendem com os pedaços de paus, no ritmo dos atabaques e acompanhado de músicas em línguas; africanas, indígenas e portuguesa. Os praticantes mais experientes utilizam se facões ao invés de bastões com movimentos de frevo, dança afro e capoeira.  

A figura mais importante dessa manifestação é o mestre Popó do Maculelê que também era mestre de capoeira foi ele que resgatou o maculelê junto dos parentes e amigos e atualmente é uma das danças afro brasileira mais praticada no mundo todo pelos capoeiristas.

Jongo ou Caxambu-  Ritmo e dança oriunda do sudeste do país surgiu no final do século 18 início do século 19 pelos negros que chegaram em condição de escravos vindo do Congo Angola para trabalhar no sudeste cafeeiro. O jongo é considerado o pai do samba, mas não é o samba do recôncavo baiano e sim o samba carioca, o partido alto, influenciou no pagode e na MPB. Dança de casal ( Homem e Mulher), e de acordo com o a comunidade jongueira os passos tem variações diferenciadas, assim como o toque dos tambores e as palmas de mão de acordo com as comunidades jongueiras espalhadas no sudeste do país. Porém sua característica mais forte são os pontos (musicas).

Coco – dança e ritmo oriundo do nordeste do país, para não haver controvérsias costumamos dizer que surgiu na divisa dos estados; Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Maranhão e Piauí. Tem em seu surgimento influência africana e indígena . É dançado em rodas, pares, fileiras ou individual onde os passos acompanham ritmos percussivos (ganzá, alfaia, pandeiro, atabaque e triângulo) e cantos improvisados. Existem várias vertentes do coco; coco de zambê, coco de usina, coco de roda, coco de embolada, coco de praia, coco do sertão, coco de Arcoverde e coco de umbigada cada coco tem sua característica própria que é de acordo com o local de origem.

Dizem também que o coco surgiu das quebradeiras de coco que assim que quebravam faziam o ritmo e cantavam para descontrair e minimizar o cansaço nas comunidades de catadores de coco considerado também uma dança de trabalho outra hipótese é que surgiu nas construções de casas e pisos de pau a pique feitas de barro onde homens e mulheres ao amassar o barro com os pés dançavam e cantavam o ritmo do coco.  

 

Samba de Roda – expressão da cultura popular brasileira oriundo do Recôncavo baiano,  trazido pelos negros escravizados para trabalhar nas lavouras e engenhos de cana de açúcar. Tem em sua composição influência portuguesa como; alguns instrumentos e a língua. O Samba de Roda sempre foi uma prática comum em todos os brasileiros de origem africana e influenciou no samba Carioca e por consequência o samba urbano. Feita em roda que acontece de forma espontânea ou em comemoração ao dia de algum santo católico, apresentações, cultos afro brasileiros e são transmitida de oitiva e imitações, existem várias vertentes de samba; samba chula, samba corrido, samba de caboclo e etc. De origem banto surgiu no século XVII foi registrado como patrimônio cultural do Brasil pelo IPHAN em 2004 e proclamado obra-prima do patrimônio oral e Imaterial da humanidade pela Unesco em 2005.

 

 CacuriáDança oriunda do estado do Maranhão, uma das partes principal do festejo em homenagem ao Divino Espirito Snato, muito evidente nas festas juninas. A dança pode ser feita em rodas, fileiras ou pares. O instrumento principal é a caixa do divino ( tambor pequeno). atualmente utiliza se também instrumentos de sopro (clarinete e flauta) e de cordas ( banjo e violão). O cacuriá é a parte profana da festa, é conhecido também como: carimbó de caixa, dança das caixeiras, carimbó maranhense e bambaê de caixa. As músicas; versos, estrofes improvisados e perguntas que é respondidos por um coro de dançantes.

A representante mais conhecida do cacuriá é a mestra Dona Teté do Cacuriá grande divulgadora da dança, percussionista e responsável pela entrada dos instrumentos de sopro e de cordas.

 

 

Ciranda –  manifestação da cultura popular brasileira oriunda do nordeste do país mais precisamente do estado de Pernambuco a dança é feita em roda e de mãos dadas seguido de ritmo repetitivo cuja os brincantes acompanham esticando os braços e marcando a batida com um dos pés fazendo a roda girar.

Lia de Itamaracá é a mestra cirandeira mais conhecida em todo país e alguns lugares do mundo não podemos esquecer do Mestre Capiba que além de cirandeiro era um grande mestre do frevo e grande compositor.

 

 

Tambor de Crioula –  Dança oriunda do estado do Maranhão localizado no nordeste do país praticada durante todo o ano, mas com muito mais evidência no mês das festas juninas e em época do carnaval. Tem como o santo de devoção São Benedito, santo muito popular entre os negros. Dança alegre, marcada pelas saias rodadas das brincantes chamadas de coreiras e o ritmo é de responsabilidade dos homens chamado de coreiros, no dia 16 de junho de 2016 foi instituído o dia do Tambor de Crioula e em 2007 foi reconhecido pelo Iphan como patrimônio imaterial do país.